sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Sobre sono e cama compartilhada

Eu havia comemorado há algum tempo, quando o Davi estava mais ou menos com uns quatro meses. Ele dormiu a noite inteira (20h às 6h) durante uma semana. Ó só aqui como eu achava que esse negócio ia durar (ah, coitada...). Como a evolução de sono dele tinha sido bem progressiva (acordava a primeira vez à noite às 2h, depois só às 3h, depois só às 4h, até chegar na semana mágica, em que acordou só às 6h), eu estava crente que daí para frente era só alegria, noites e mais noites bem dormidas.

Ledo engano. Os fogos de artifícios aqui em casa duraram só uma semana. Depois disso, ele passou a acordar com o menor barulhinho que fosse em casa. Como moro em um quarto e sala, não fazer barulho em casa para acordar o bebê que está no quarto ao lado é uma coisa complicada. E, mesmo depois da gente já ter ido dormir, Davi começou a acordar também. E eu percebi que não era só para se alimentar. Era também, porque um peito esse menino não recusa. Mas também era para ter aconchego, encostar na minha pele, ganhar um colinho (o mesmo lugar em que ele havia adormecido).

Comecei a ler na internet e nos outros blogs maternos sobre este assunto. Muita gente recomenda que o bebê adormeça sozinho no berço para que, se ele acordar no meio da noite, ele mesmo se auto-acalme e volte a dormir sozinho. Só que fazer um bebê dormir no berço sozinho é meio complicado. Deixar chorar está fora de cogitação para mim. Então, dou o peito e tento colocá-lo no berço quando ele ainda está meio sonolento, quase dormindo, mas quase sempre ele adormece antes no meu colo.

Daí, quando o bichinho acorda, sente a minha falta e quer voltar para o mesmo local onde adormeceu. Ou pelo menos quer um contato, quer pele. E essas acordadas dele são as mais randômicas: às vezes logo depois que eu o coloquei para dormir, às vezes só às 2h da manhã. "Vareia".

Então, resolvi fazer o que muita, mas muita gente reclama quando eu digo: boto o Davi para dormir comigo. Cama compartilhada. "Ah, mas esse menino vai se acostumar muito mal", ou "não vai mais querer sair da sua cama", "e o seu marido? ele vai achar que você está deixando ele de lado", ou "mas você não esmaga essa criança dormindo?". São só algumas pérolas que escuto e tento fazer ouvido de mercador. Sim, vou acostumá-lo a dormir comigo; sim, ele não vai mais querer sair da minha cama; sim, meu marido está sendo deixado um pouco de lado em função do baby (sorry, Tide!!); e s...... não!, eu não esmaguei a criança (até agora rsrsrs).

A minha lógica é a seguinte. Davi dorme beeeem melhor comigo do lado. Começa a noite dormindo no berço. Acorda, dá uma mamada básica e volta a dormir rapidinho, coisa de dez minutos no máximo. Se não estiver na cama comigo, pode voltar a acordar em menos de meia hora. Se estiver do meu lado, esse soninho pode durar a noite toda. Então, porque não colocá-lo comigo? Eu gosto, não me incomodo, durmo o sono dos justos. Ele fica lá, colado nimim, igual um gatinho. O Tide até reclama um pouco (ele tem o sono muito leve e acha que vai esmagar o Davi), mas agora já se acostumou (até porque o Davi cola é em mim, de preferência com a cara no meio dos meus peitos).

E se depois for dar trabalho para tirar ele da minha cama, depois eu tenho esse trabalho. Posso estar cuspindo para cima, mas eu acho melhor garantir o sono de hoje do que a não-chateação de amanhã.

Um comentário:

No mato sem cachorro disse...

Isto é que é ter peito!!! Go ahead. bj